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Conto Erótico Promíscuo - 1

Forneço meu corpo para os que dele fazem morada. Encontro nas entrelinhas da minha angústia seu olhar sério, mandando que eu tire uma roupa. Eu retiro rápido e você me pede para diminuir a velocidade, para degustar cada centímetro do meu corpo, para ver-me desnuda em pêlos e extremidades...

Fico nua na sua frente e obedeço seus comandos com subserviência e retidão. Deixo de ser eu para tornar-me um mero instrumento do seu prazer. Sou servil e prestativa; sou apenas uma buceta encharcada que clama pela agressividade do seu pau; sou uma boca sedenta pelo gosto do seu gozo e sou um rabo que se abre lentamente para seu proveito.

Sou eu, uma mulher sem nenhum pudor ou vaidade, que precisa ser penetrada com a intensidade do seu tesão e machucada pela sua falta de importância a meu respeito.

Termino de gozar baixinho em cima da grossura dos seus dedos e escondo meu prazer latente ao perceber que você já se levantou e vai em direção ao banheiro para se limpar do nosso sexo.

Sei que você vai voltar para sua mulher e se deitar na sagrada cama que vocês desfrutam com o pudor de um casal casto e religioso. Sei que você vai fingir que nada aconteceu e que eu sou apenas uma diversão para sua promiscuidade cotidiana. Sei que os dias vão passar lentamente sem o seu toque e sei que meu corpo vai reclamar sua falta quando eu me lembrar do seu olhar cheio de desejo e tesão.

E eu vou atrás de você para ter um pouco mais dessa atenção medíocre, que só serve para alimentar meu desejo obsessivo de me sentir maltratada por quem deseja meu corpo e não quer dividir absolutamente nada comigo a não ser meu sexo sujo e depravado.

Fui! (Buscar você, de novo...)

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